Monday, October 31, 2005

Beyond Red vs. Blue

Esse relatório do Pew Research Center sobre o cenário político norte-americano é muito interessante. Vale a pena ler inteiro, mas aqui vai um resumo:

Somente 29% da população (34% dos eleitores) é Republicana. Estes se dividem em:

Enterprisers (9% da pop., 11% do eleitorado) - Patriotas, altamente pró-business, contra grandes programas sociais e à favor de uma política externa ativa. É formado na maioria por homens (3/4), brancos, de alta escolaridade e nível social.
Social Conservatives (11% da pop., 13% do eleitorado) - Tendem a concordar com os Enterprisers na maioria dos assuntos, mas geralmente são críticos das grandes corporações e à favor de regulamentação governamental para a defesa do consumidor e meio ambiente. Esse grupo geralmente se preocupa com o crescimento exagerado da imigração. É formado por muitos evangélicos, e quase metade mora no Sul do país.
Pro-Government Conservatives (9% da pop., 10% do eleitorado) - Parecido com os Social Conservatives mas geralmente favorecem programas sociais mais amplos, principalmente no que diz respeito à ajuda aos pobres. Formado principalmente por mulheres jovens, e tem a maioria dos seus integrantes morando no Sul.

Claramente, existe mais de um tipo de conservador. Os grupos Republicanos atualmente tem valores sociais em comum, mas opiniões diferentes sobre o papel do governo. Essa é considerada uma nova tendência, já que um dos pilares dos conservadores sempre foi a crença em um governo limitado.

Os Democratas são o grupo mais populoso (41% da população, 44% dos eleitores), e se dividem em:

Liberals (17% da pop., 19% do eleitorado) - São os maiores defensores de grandes programas sociais, principalmente os de ajuda aos pobres e ao meio ambiente. São grandes oponentes de uma política externa intervencionista. Formado por seculares, a maioria de alto nível econômico e social, e altamente liberais no campo social.
Conservative Democrats (10% da pop., 10% do eleitorado) - Este é o grupo menos liberal dos democratas. São muito religiosos, socialmente conservadores, e moderados em questões de política internacional. É um grupo de pessoas mais velhas, e inclui muitos negros e latinos.
Disadvantaged Democrats (14% da pop., 15% do eleitorado) - Também inclui muitas minorias (é formado na maioria por mulheres), e é o grupo financeiramente mais pobre de todos. A maioria dos integrantes desse grupo é muito pessimista sobre as oportunidades na vida, e desconfiam das grandes empresas e governo. Entretanto, suportam programas estatais para ajudar os necessitados (nesse caso, eles mesmos).

Enquanto os Republicanos se dividem no que diz respeito ao papel do governo, os Democratas discordam entre si nos valores pessoais. A maioria dos liberais vivem num mundo completamente diferente dos Disadvantaged Democrats e Conservative Democrats.

Os Independentes constituem 30% da população, mas somente 23% do eleitorado. Também estão divididos em 3 grupos:

Upbeats (11% da pop., 13% do eleitorado) - Moderados que tem uma visão positiva da sua situação financeira, papel do governo, empresários, e do estado do país em geral. Tem geralmente bom nível educacional e são relativamente interessados em política.
Disaffecteds (9% da pop., 10% do eleitorado) - Bem menos afluentes e educados que os Upbeats. Tem uma visão mais cínica do governo e são menos satisfeitos com sua situação no geral.
Bystanders (10% da pop., 0% do eleitorado) - Formado principalmente por jovens sem interesse ou formação política. Quase não votaram na eleição de 2004.

Outros estudos iguais foram feitos nos últimos 18 anos. Os resultados de 2005 mostram um aumento no número de liberais, e a divisão dos Republicanos em 3 grupos (os "Pro-Government Conservatives" aparecem pela primeira vez). Mas foi nos independentes que ocorreu a maior mudança desde a década de 90. A migração destes para o lado republicano foi decisiva em 2000 e 2004. Os fatores em comum nessa mudança são a empatia pessoal desses pelo Presidente Bush, e o favorecimento de uma política externa mais dura.

Maiores detalhes aqui. Imperdível.

Friday, October 28, 2005

Heinlein

Outro dia a NPR fez uma pesquisa sobre qual figura histórica as pessoas escolheriam para conhecer pessoalmente. As respostas foram as de sempre, de Clinton à Elvis, mas a pergunta ficou sambando na minha cabeça por um bom tempo.

Resolvi que não poderia ser alguém muitíssimo mais inteligente do que eu, como o Einstein. Também não poderia ser alguém que viveu há muito tempo atrás, como Platão.

Pensei no Ben Franklin, Churchill, e Marx. Esse último aliás, chegou bem perto de ser minha escolha. Já pensou poder finalmente perguntar "What the fuck were you thinking?" ao vivo?

Mas eu estava dando muito valor à nomes, e não ao quanto eu realmente me divertiria. Reconsiderei minhas prioridades, e no fim das contas resolvi que escolheria o Heinlein.

Eu sei que ele não foi um gênio, e muitos nem consideram ficção científica literatura de verdade. Mas acho que não existiria nada mais interessante do que passar umas horas falando com esse maluco. Um cara que foi soldado, inventor, agente imobiliário, político (primeiro de esquerda e depois libertário), dono de uma mina de prata, e finalmente escritor.

Escreveu 32 livros, e mais de 40 short stories. Meus favoritos são: The Moon Is a Harsh Mistress, Citizen of the Galaxy, e o melhor de todos, Job: A Comedy of Justice.

Nenhum outro autor escreveu tantos livros que eu tenha gostado tanto.

O que eu acho de mais interessante nas estórias do Heinlein é essa variedade de temas e interesses. Ele escreveu sobre tecnologia (fez até umas previsões bem proféticas), política, sociologia, religião, racismo, feminismo, psicologia, etc. Melhor ainda, ele não tentava achar solução para tudo, ou promover essa ou aquela causa. O objetivo era mostrar a complexidade dos problemas, e os absurdos criados pelas teorias mágicas de sempre.

De alguma forma, acho que nós iriamos hit it off rapidinho, e a conversa seria boa.

Mas enquanto não inventam essa legítima Door into Summer, continuo minha conversa virtual pelos livros.

8 down, 24 to go.

Power struggles

Libby service

Todo esse rolo sobre o "vazamento" do nome de uma agente da CIA é claramente um jogo político. Quando um ninguém começa a parecer importante, acusações são nebulosas, e o resultado do tal "crime" é completamente inconseqüente, pode ter certeza que there is a lot more going on.

Os Republicanos exageraram no caso Monica. Quebraram o "acordo silencioso" que reinava desde a época do Watergate. Foram atrás do Clinton e sua chubby por picuinha, e conseguiram criar confusão do nada.

Agora estão pagando o preço.

Miers

Que o Bush errou em nomear a Miers não há dúvida. A impressão é que realmente ele quis "fazer as pazes" com os democratas (talvez em troca da retomada do plano de reforma do seguro social ou impostos) mas a base Republicana não aceitou.

Por bem ou por mal, políticos por aqui são altamente afetados pela reação popular. Quem imagina que o Bush representa uma pequena elite, e que só segue as guidelines da mesma, está enganado.

Lógico que os democratas não gostaram do resultado final. É bem provável que agora o Bush escolha uma das figuras esperadas. Mas tenho um palpite que ele ainda vai tentar evitar uma briga maior.

Acho que a Consuelo Maria Callahan tem grandes chances.

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Wednesday, October 26, 2005

Simply the best

Fiz a besteira de deixar de ler o Marginal Revolution por uns dias. Olha só o que eu perdi:

- What is left for libertarians?
- The secret history of the minimum wage
- Ben Bernanke, economist. Parte preferida: "5. The global savings glut. Trade and budget deficits are enormous, so why aren't we collapsing? Why do real interest rates remain so low? Bernanke cited the possibility of a global savings glut; here is one explanation of the idea, here is another. The bottom line is this: some Asian countries have high levels of savings, but poor financial institutions. They invest their savings in the United States, and often we invest in back in Asia. In essence they are "outsourcing" their savings to foreign financial institutions. This recycling of Asian savings may help explain what is going on in the global economy. It also suggests that the current U.S. position is at least temporarily sustainable."

E muito mais. Sério, esse blog é simplesmente o melhor.

Tuesday, October 25, 2005

Sobre o referendo

Borbulham as explicações que o pessoal do "sim" está dando para a vitória do "não":

- Referendos não funcionam.
- A campanha do não tinha mais dinheiro.
- Os marketeiros do sim eram inexperientes.
- O povo malvado se vingou do pobrezinho do Lula.
- O povo malvado, é também completamente estúpido.

E por ai vai. Alguns outros então, conseguem criar teorias inacreditáveis. A minha preferida: o backlash das cruzes de isopor.

Obviamente, esses fatores secundários tiveram alguma influência. Isso acontece em qualquer voto popular. Quem votou no Lula votou contra seus concorrentes, votou contra o status quo, apostou na imagem do PT, na esperança de que algo mágico aconteceria, etc.

Isso não muda o fato de que, ultimamente, todos entendiam o que estava sendo decidido.

Nada de diferente agora. O fato é que a maioria popular decidiu que não quer a proibição do comércio de armas. Querer dizer que as pessoas, por mais ignorantes que sejam, não entenderam um conceito tão claro e simples, ou dizer que deixaram motivos secundários encobrir a importância da questão em sí é ridículo.

O resultado que essa consulta tem que ter (ou deveria ter) é indiscutível. O resto é papo de sore loser.

Sunday, October 23, 2005

Estado e a educação

Grande parte do problema em ter o governo administrando a educação do povo é a total falta de objetividade. Uma escola particular tem como objetivo equilibrar a equação lucro vs qualidade. Em uma Universidade pública, parte da equação não existe, e o sucesso da mesma não é facilmente mensurável (principalmente em disciplinas humanas).

Junte a esse problema décadas de "multi-culturalismo", e chegamos na situação atual. O último exemplo do caos universitário foi esse do tal Dr. Kamau Kambon, que durante um seminário na Howard University em Washington DC (a Howard é uma Universidade aonde a enorme maioria dos alunos é negra), disse que "a solução para muitos dos problemas encontrados pelo povo negro é a exterminação da raça branca da face do planeta".

Não, isso não foi uma piada ou figura de linguagem. Não duvido que essa opinião seja somente um devaneio de um extremista, e li que mesmo no seminário da Howard muitos outros convidados repreenderam o tal loony. Mas numa sala de aula, aonde os alunos muitas vezes tomam opiniões como verdades, esse tipo de loucura pode ser altamente destrutiva.

Além de ser um antro para extremistas, o sistema de educação pública é altamente ineficiente e completamente injusto com a população mais pobre.

Antes de mais nada, quero deixar claro que diferentemente de alguns amigos libertários, acho que a educação faz parte da estrutura básica de uma sociedade, e o governo pode e deve facilitar o acesso da mesma para a parte mais pobre da população.

Mas as evidências mostram que o governo não tem competência nem capacidade de administrar escolas de qualquer nível. Deveriamos deixar essa tarefa com a iniciativa privada, e deixar que o governo ajude somente no pagamento de mensalidades para os que realmente precisam. Esse estudo do CATO mostra clara e objetivamente como um programa de voucher seria muito mais eficiente e barato.

São números públicos, incontestáveis. O sistema atual não somente carrega o fardo de educar mal as crianças, mas também traz um peso enorme na iniciativa privada. Poucas famílias conseguem pagar duas escolas ao mesmo tempo (os custos das escolas públicas são obrigatórios).

Isso sem falar em outras unintended consequences. Um dos motivos para o crescente aumento do preço das casas em certas áreas aqui é que as famílias competem para morar nos melhores distritos escolares. Quer dizer, o custo de cada escola é muito maior do que os impostos mostram, e no fim das contas, os pobres acabam ficando com as piores escolas de qualquer forma. Além disso, essa concentração artificial de moradores de maior renda em pequenos 'oásis' prejudica imensamente o desenvolvimento de outras, o que consequentemente leva o isolamento desses outros bairros, diminuindo os investimentos e os interesses politicos nessas áreas, piorando ainda mais o círculo de pobreza.

Mas como todo grande programa social, acabar com as escolas públicas seria uma tarefa monumental. Muitos dizem ser politicamente inviável. A retórica populista seria violenta, e os enormes (e poderosos) sindicatos e grupos de interesse lutariam como nunca pela própria sobrevivência.

Enfim, mais uma bela idéia que na prática só criou mais problemas.

Friday, October 21, 2005

Coincidências e generalizações

A maioria dos blogueiros de esquerda trabalham para algum órgão do governo (até de outros paises). Dos que sobram, muitos trabalham em universidades e outros são novos demais e ainda estudam full time.

***

O Churchill já dizia que todos nascem socialistas e depois amadurecem e viram liberais (conservadores ou seja lá qual nome se queira usar).

Pela história não faltam exemplos que confirmam essa tese: Hayek, Vernon Smith, Reagan, Dennis Miller, etc.

Eu não consigo lembrar de ninguém que fosse conservador e tenha virado socialista. Apesar de que o Bush pode estar se tornando um bom candidato.

***

De acordo com uma pesquisa recente, as mulheres já são maioria nas universidades americanas (57% vs 43%).

Será que teremos uma affirmative action para os pobres homens? Ou temos que esperar a queima das cuecas pelas ruas de Los Angeles primeiro?

Ah, a fantasia igualitária. What a mess.

Wednesday, October 19, 2005

Complexo

"Q: How does Bush administration regard China now? A partner or a competitor?

A: I can not do speak for the Bush Administration. So you understand that this is my personal opinion. But there are a number of contentious, difficult issues in the US-China relationship today. I don't think there is one word to define the relationship other than the word "complex."

I think the relationship is very complex. I wouldn't say it's an enemy, a competitor, a friend, or an ally. But it's very complex relationship. We are trying to cooperate with one another on the issues such as North Korea. Other people have questioned about that. But then we had trade frictions with them. There are concerns about military buildup. There are also concerns about energy security. Some people are interested in China's economic policy. And human rights and proliferation are the areas where there is some friction in the relationship.

So I wouldn't say it's a competitor or I wouldn't say it's a friend or I wouldn't say it's an enemy. But I would say it's very complex relationship that we have with China right now."


Peter Brookes, Senior Fellow da Heritage Foundation (antigo assistente do secretário de defesa para Ásia e Pacífico) em entrevista para um jornal japonês.

Tuesday, October 18, 2005

Blink, stink and funky links

Blink : The Power of Thinking Without Thinking, é um livro sobre os poderes e armadilhas do nosso lado direito do cérebro. É um livro sobre thin-slicing, gut feeling, speed traps, e outras teorias sobre como nosso lado criativo pode ajudar (ou não) a tomar decisões acertadas.

Enfim, o livro não é grrreat, mas é legalzinho. Vale a pena ler.

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Agora sim, o governo americano tem um bom motivo para fechar a fronteira do Sul: Migrar para EUA faz mal para saúde de mexicanos.

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Alguns blogs interessantes de nomes peculiares:
De Gustibus Non Est Disputandum
Neologistic
Write in water

Saturday, October 15, 2005

O papel da imprensa

No meio da confusão no final do jogo Santos x Corinthians, um bando de repórters tentava desesperadamente furar o cerco de policiais e entrevistar o árbitro Cléber Wellington Abade (que estava quase sendo linchado pela torcida). Quando o coitado do Abade começou a gritar que esses jornalistas estavam prejudicando ainda mais o jogo, o comentarista da Jovem Pan soltou a pérola: "Ah, agora tudo é culpa da imprensa!"

Acordei hoje curioso para saber como foi a votação da constituição iraquiana, e achei as seguintes notícias: "Iraque registra confusão e mortes durante referendo" e "Iraqis Vote on Constitution". A primeira fala que a votação foi um caos. A segunda, que foi um dia muito mais tranquilo que o de costume, e com uma participação muito maior do que era esperado.

A era de news 24/7 gerou (ou acentuou) uma artificialidade e parcialidade que deixa os noticiários cada vez mais parecidos com shows de auditório. Adicione a isso um enorme complexo de "responsabilidade social", e você acaba com um essa imprensa que só noticia o que interessa, de maneira espalhafatosa, e ainda se acha coitadinha.

Devem existir estatutos, recomendações e juramentos que esses jornalistas prometeram seguir, mas a realidade é que ninguem segue regra nenhuma. Se eu fosse Rei por um dia, estabeleceria 3 princípios para qualquer jornalista: Objetividade, imparcialidade e responsabilidade. E mais, estabeleceria a distinção entre a carreira de jornalista e de editorialista. Um não poderia dar opinião subjetiva, e o outro não poderia querer relatar fatos. Cada um com seu curso superior, cada um com seus poderes e limites. Os jornais teriam que diferenciar claramente um do outro, e se responsabilizar por erros. Aliás, era assim que as coisas funcionavam há um tempo atrás.

Claro que tudo isso é somente um desabafo. Não existe solução para o problema. Qualquer tipo de controle só criaria mais problemas, já que qualquer governo usaria qualquer tipo de controle a seu próprio favor.

Quem sabe a internet, com seu poder de disseminação e descentralização, conseguirá ao menos diminuir um pouco o problema. Com mais fontes, e um poder de informação mais distribuido, talvez as chances de se conseguir um relato correto aumentem.

Ou talvez a diversidade de interesses, bias e backgrounds crie um caos maior ainda.

Who knows.

Thursday, October 13, 2005

Harriet Miers

A nomeação da Harriet Miers foi provavelmente o maior erro do governo Bush até agora.

Só existem dois motivos para uma escolha dessas:
- Querer evitar uma disputa com os democratas.
- Colocar alguém que, por ser tão desconhecido (e desqualificado), vai considerar a nomeação como um presente e vai ser um "amigo" do presidente no judiciário.

O caso do Roberts meio que seguiu o motivo número um, mas com uma diferença enorme: O Roberts é super qualificado. Tanto que até mesmo os super loonies como o Schumer admitiram isso (obviamente, no fim das contas votaram contra anyway).

O desastre dessa nomeação pode ser sentido no coração dos conservadores americanos: nenhum dos talk radio programs que eu ouço foi à favor da decisão do Bush, e muitos estão pedindo que ele volte atrás.

E se engana quem pensa que tudo isso tem a ver com o quão conservadora a tal Miers realmente é. Ninguém duvida que, no fim das contas, ela seja mais próxima do Scalia e Thomas do que um Souter da vida. O problema é que o Bush arregou. E isso é ruim do ponto de vista ideológico e partidário. Os republicanos no geral não querem "have their way" de maneiras obscuras. A grande maioria quer um debate aberto de idéias, e provar na prática que juízes devem seguir as leis e não inventá-las. Mesmo que a Miers vote contra Roe vs Wade* (o que nunca acontecerá), a sensação de injustica com os juizes abertamente conservadores não será esquecida facilmente.

A mensagem foi: shut up and be friends with the boss.

*Obs: Um esclarecimento sobre Roe vs Wade: Uma eventual mudança na decisão da suprema corte não proibiria o aborto nos EUA, como já li muitas vezes pela imprensa brasileira. A decisão sobre a legalidade ou não seria transferida para cada estado. E a idéia de que todos estados diriam não é abusrda. Tanto que antes desse rolo todo, vários estados como NY, California, etc, já tinham legalizado o aborto.

Sunday, October 09, 2005

Quick update

Bom, as coisas estão se arrumando. Amanha terei internet no apartamento temporário, e quem sabe terei alguma energia depois do trabalho. Começo de emprego é sempre a mesma coisa: horas demais, rendimento de menos.

Anyway, estou na área.