Sexta, 18 de março, 2005
Liberal ou libertino?
Poucos sabem que o candidato do Partido Liberal americano, Michael Badnarik, ficou em terceiro na eleição do ano passado. Não é por menos, afinal ele recebeu somente 0.3% dos votos.
Eu acho que o potencial do PL no cenario político americano é enorme. Maior do que em qualquer outra época. Uma parte enorme dos republicanos não está satisfeita com a guinada populista da ala dos neocons, e uma parcela maior ainda dos democratas não aguenta mais ver o partido na mão da esquerda radical.
Esse editorial do WSJ ajuda a entender o porquê do PL não ter se aproveitado dessa situação, especialmente no que diz respeito aos republicanos. A imagem atual é uma das piores possíveis. E a culpa é só deles.
O problema maior é que eles focam no social e não no econômico. Como diz o editorial, passam a imagem de Partido Libertino. Talvez isso até funcionasse na década de 60, mas hoje em dia é suicídio.
Se o lado econômico fosse ressaltado, acho que eles seriam capazes de roubar uma parcela grande dos votos republicanos e independentes. É dali que viria a maior parte do poder. E com uma base de influência maior, as propostas sociais poderiam trazer alguns democratas moderados e até quem sabe outros desiludidos com os partidos menores como os verdes. Mas eles precisam entender que esses seriam uma minoria.
O Free State Project deveria ter dado a dica. Pelo que eu notei, a grande maioria das pessoas que está se mudando para New Hampshire vai atrás primeiramente de maior liberdade econômica. O lado social fica em segundo plano. Até porquê, por bem ou por mal, o povo americano é na maioria de centro/direita. Tanto é que os referendos sobre casamento gay falharam em todos os Estados, incluindo centros democratas como California e Oregon.
Como diria George Bush (pai): It's the Economy, Stupid!
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