Sunday, March 05, 2006

Tax cuts for the rich. But of course!

Uma imagem vale mais do que mil reportagens tendenciosas:



E tem mais:
The top 50% were those individuals or couples filing jointly who earned $29,019 and up in 2003. (The top 1% earned $295,495-plus.)

The top 1% pay over a third, 34.27% of all income taxes. (Up from 2003: 33.71%) The top 5% pay 54.36% of all income taxes (Up from 2002: 53.80%). The top 10% pay 65.84% (Up from 2002: 65.73%). The top 25% pay 83.88% (Down from 2002: 83.90%). The top 50% pay 96.54% (Up from 2002: 96.50%). The bottom 50%? They pay a paltry 3.46% of all income taxes (Down from 2002: 3.50%). The top 1% is paying nearly ten times the federal income taxes than the bottom 50%! And who earns what? The top 1% earns 16.77% of all income (2002: 16.12%). The top 5% earns 31.18% of all the income (2002: 30.55%). The top 10% earns 42.36% of all the income (2002: 41.77%); the top 25% earns 64.86% of all the income (2002: 64.37%) , and the top 50% earns 86.01% (2002: 85.77%) of all the income.

Mais aqui. E antes que os social-anaeróbicos venham babar no meu teclado, o fato de eu linkar o Rush não significa que concordo com tudo que ele fala.

Mas essa ele matou na mosca.

22 comments:

Anonymous said...

Paulo, ele ficou muito sem graça desde que parou de tomar drogas. Virou quase tão insuportável quanto o Howard Stern.

[]s

Anonymous said...

Paulo, não vejo nada de aberrante nesse gráfico. É totalmente óbvio que os maiores salários descontam mais no imposto de renda, e abaixo de um certo bracket eles nem têm que pagar (porque não tem mesmo espaço no orçamento deles para taxas).

A crítica da esquerda sobre o corte de taxas para os ricos não está falando de assalariados (que é do que esse quadro fala), mas sim das grandes empresas e fortunas.

Enfim, apples and oranges.

Anonymous said...

Diria Falcão, o Armando: anything to comment?

Nelson de Sá (FSP)

Mr. da Silva
Na escalada do "Jornal da Band":
- Ingleses decoram ruas de Londres para receber Lula.
E os jornais vão pelo mesmo caminho. Como noticiou a BBC Brasil logo de manhã e ecoou na cobertura eletrônica, da Folha Online à rádio Jovem Pan, eles seguem a revista "Economist" no louvor a Lula. Dois já deram editoriais.
O conservador "Times", do empresário Rupert Murdoch, saudou até mesmo o "pioneiro programa antipobreza, o Bolsa-Família, dado como exemplar pelo Banco Mundial".
O texto, intitulado "Gigante emergente", argumentou que os britânicos têm que dar atenção ao país para além da Copa. O Brasil "será muito mais do que superpotência de futebol".
O "Independent", de centro-esquerda, concentrou-se no que classificou como "Terceira via do presidente Lula", título de seu editorial. Como o "Times", sublinhou que os britânicos têm que dar mais atenção e, citando proporções geográficas e outras, derreteu-se:
- Mas não é só questão de o grande ser belo. O que é mais notável no país é o experimento que Lula e PT têm conduzido na economia, buscando encontrar uma linha intermediária entre o anticapitalismo de Chávez e a aceitação do FMI.
Lula "não levou o país à ruína, como previam muitos profetas do apocalipse":
- Pelo contrário, sua Terceira Via obteve até aqui realizações impressionantes. Diminuiu a distância entre ricos e pobres e reduziu a proporção daqueles que vivem na pobreza -e tudo sem levar as classes médias e os investidores ao pânico.
Por aí foi. De escândalo, nada. Ele foi mencionado nos perfis de Lula nos mesmos dois jornais e no "Financial Times", mas não foi diferente o tom.
Os textos traziam entrevistas simpáticas a Lula, entre outros, do cientista político Wanderley Guilherme dos Santos.

Em dois outros textos, o "FT" tratou das conversas comerciais globais, foco maior da visita do "carismático presidente".
Em especial, o jornal destacou empecilhos à abertura do setor de serviços. É a maior cobrança feita a Brasil e outros países em desenvolvimento, mas enfrenta oposição forte nos EUA, por exemplo, quanto aos portos -objeto de revolta, dias atrás, no Congresso.
Outro jornal londrino, "Daily Telegraph", foi além e chegou a denunciar que as pressões por abertura nos serviços, lideradas pelo primeiro-ministro Tony Blair, poderiam "prejudicar o Terceiro Mundo".
O encontro de Lula e Blair amanhã e a reunião ministerial do final de semana, com Brasil, EUA, Índia e outros, são dados como cruciais tanto em Londres como por aqui.
Segundo o "Valor", ontem em manchete, o país leva ao Reino Unido acordos prévios em áreas como a mineração, para agradar corporações européias. Mas vai cobrar mais corte nos subsídios. E desta vez, noticia o "Valor", a Europa "acena com concessões agrícolas".

E TOME ETANOL

Era de esperar, sob tantos elogios dos jornais e revistas em Londres, que Lula terminasse por ocupar ele próprio as páginas. É o que se vê na edição de hoje do "Guardian" -desde ontem no ar, no site do jornal.
E nada de negociações comerciais ou Bolsa-Família. Como adiantou o "Valor" ontem, o interesse em comum é o etanol, que Lula e Blair querem estimular na África, e o biodiesel. Em destaque no artigo de Lula, sob o título "Junte-se ao Brasil em plantar óleo":
- Somente soluções radicais conseguirão superar a crise energética e ambiental, ao mesmo tempo em que promovem a igualdade.

Anonymous said...

Fernando,
Ainda acho ele engracado.

Leila,
Acho que vc nao entendeu. Os tax cuts foram para pessoas fisicas. A reclamacao dos dems eh que foram so para os ricos. Esses graficos mostram que os 50% mais pobres ja nao pagam impostos (apesar da renda total deles ser consideravel).

Artur,
Vc acha que o Brasil esta essa beleza? Logico que a politica macro economica eh melhor do que antes, na epoca da hiper inflacao. Mas ecistem problemas. Se o Times e qualquer outro jornal disserem que nao, eles estao errados oras.

[]s

Anonymous said...

Você ACHA que a Leila não entendeu?

Anonymous said...

Leila, não é tão óbvio que os maiores salários descontem mais no imposto de renda, o maior exemplo é o Brasil, lugar onde o Lex Luthor é bom e o Super Homem come criptonita com sucrilhos.

Fernando, apelar pro vício de alguém pra desqualificar uma pesquisa... sei não, leio muito esse blog e já vi melhores momentos seus.

Anyway, abraços.

Anonymous said...

Paulo, eu sei que os cortes de impostos TAMBÉM foram para pessoas físicas e houve inclusive um que beneficia quem tem filhos. Afinal, eu pago imposto de renda nos EUA e sei disso. No entanto, esse quadro aborda APENAS os cortes de taxas para assalariados, e não os cortes de taxas para empresas, que é onde se concentra a crítica da esquerda. Portanto, reafirmo, esse gráfico e os dados da matéria não servem para calar as críticas ao governo Bush nesse sentido. Quando tiver tempo, procurarei um artigo que esclareça melhor sobre os cortes de taxas para as grandes empresas e fortunas.

E, sim, o Rush Limbaugh é um loony da pior espécie.

Anonymous said...

Bem, então vamos lá, usando uma fonte séria, o Urban-Brookings Tax Policy Center, eu descobri o seguinte:

O corte de taxas foi maior para quem tem renda anual acima de 1 milhão de dólares (6.5%) Quem ganha entre 500 mil e 1 milhão, teve o corte de 4.5%; entre 200 mil e 500 mil, 3.6%. O corte de taxas para a classe média (renda entre 20 e 75 mil) foi entre 2.3% e 2.5%.

Num estudo desse mesmo instituto sobre os impactos dos cortes de taxa do governo Bush feitos em 2001 e 2003, a conclusão é de que "the tax cuts enacted to date increase the disparity in after-tax income; most households would receive a direct tax cut, but after-tax income WOULD RISE BY A HIGHER PERCENTAGE FOR HIGH INCOME HOUSEHOLDS than low income households". Ou seja, isso mesmo quando se fala de imposto de renda de pessoa física.

O problema do seu gráfico é que ele fala do "share" do que é pago proporcionalmente em termos de taxas, mas não fala do quanto cada nível salarial obteve em termos de cortes nesse governo.

Anonymous said...

Leila,
Pelo menos vc esta falando do assunto correto agora. A polemica sempre foi com os cortes de pessoa fisica, nunca com corporations.

Eu nao vejo qual eh a surpresa com tudo que vc falou. Os dados (nao somente os graficos mas os numeros em baixo) que eu postei mostram Se os ricos pagam a maior proporcao das taxes E uma taxa maior do proprio income. O que nao deixa de ser obvio, ja que quase 50% da populacao paga uma quantia minima de taxes.

Logicamente, os corte tem que ser maiores para os ricos, em todos os sentidos. Um dos motivos disso eh que os ricos tem mais stocks que os outros e o imposto do capital gains foi diminuido.

Independente do criterio, quanto mais rico maior seria o seu corte porque maior seria a proporcao de impostos que vc ja pagava!

[]s

Anonymous said...

Não, Paulo, porque é justo que os ricos paguem mais e os pobres paguem menos. Se você corta mais o imposto dos ricos, você aumenta a concentração de renda. Releia o que diz o Tax Policy Center.

Jorge Nobre said...

Paulo (falo com você porque é com você que vale a pena),

Agora que a discussão deixou de ser corte de impostos e passou a ser ética e moral, eu penso na seguinte situação:

Um motorista de um carro usado, velho, classe média baixa (porque pobre mesmo não tem carro nenhum) paga impostos para o Estado cuidar de uma avenida (se cuida bem ou não é outra questão). Eu, classe média merdia, pago mais impostos que o de classe média baixa, com meu carro popular, mais ou menos novo. O rico, em sua ferrari (ou seja lá que carro ele usa, eu não entendo nada de carros), paga ainda mais impostos que eu e o classe média baixa somados.

Mas usamos o mesmo serviço. O serviço é de mesma qualidade para todos nós. Isso é justo?

Para sua amiga é (e nem vou perder meu tempo perguntando para ela, já sei a resposta...). Mas para mim, não. Se o serviço é o mesmo, porque o rico tem que pagar mais? Só porque é rico? Eu não vejo justiça nenhuma nisso.

Cláudio said...

Jorge, apenas para esclarecer um ponto do seu argumento, não há relação entre impostos e serviços. O que diferencia imposto de taxa é justamente a não vinculação com serviços prestados. Imposto é dinheiro que o Estado pode usar "como quiser". Entendo sua bronca - que é a minha também - mas infelizmente não há essa relação. Como o IPVA é um imposto, não há a obrigatoriedade do governo em gastá-lo mantendo as estradas.

Imposto, no final das contas é para manter os gastos do Estado. Quando ficou muito escandalosa a quantia extorquida de sociedade, eles inventaram que imposto distribui renda para iludir os trouxas. Com sucesso, como se poder perceber.

Cláudio said...

Outro detalhe malandro que inventaram (e, para variar, cola com os trouxas) é a progressividade dos impostos. Ora bolas, o conceito de percentagem já abrange progressividade. Vejamos uma alíquota de 10%:

1) Sobre R$300, dá R$30
2) Sobre R$3000,00 dá R$300

Quem ganhou mais pagou mais. Mas isso não é o bastante. A alíquota progressiva nada mais é do que um "quanto é que você pode pagar?" por parte do governo.

Anonymous said...

Paulo, a questão que eu levantei é que você usou um gráfico que de forma alguma prova a sua tese de que não houve cortes maiores para os ricos (é o que você queria dizer no post, agora, depois das informações que eu trouxe, você já voltou atrás).

Outro detalhe importante: o gráfico fala que a maior parte do imposto de renda vem do top 50% of wage earners, e diz que os top 50% são casais que têm renda combinada de 29 mil dólares anuais - que não dá para NADA nos Estados Unidos. Então, é uma coisa bem enganosa dizer que os ricos estão pagando 96,54% dos impostos. Isso aí é da classe média BAIXA para cima. E me assusta ver que 50% da população americana ganha menos de 29 mil por ano.

Agora em referência ao que os ricos devem ou não pagar, nesse ponto nunca vamos concordar mesmo, pois trata-se da diferença fundamental entre esquerda e direita. Para a direita, é preciso dar alívio aos ricos, coitados, cortem os impostos deles. E para os pobres, o Estado não deve ajudar, não deve pagar um tostão. Ou seja, na hora de aliviar o orçamento público, quem tem que pagar a conta são os pobres, não aqueles que já têm dinheiro sobrando.

No caso dos EUA, o corte dos impostos, como se não bastasse beneficiar os ricos, ainda é uma burrice, por ser feito justamente numa época de imensos gastos públicos com a guerra no Iraque e combate ao terrorismo. A resposta do governo Bush para isso? Cortar gastos na saúde, na educação, nas aposentadorias, nos programas sociais. Ou seja, o empresário milionário tem direito a viajar mais vezes para a Polinésia, a comprar mais propriedades no Caribe e mais um helicóptero, enquanto os velhos gastam sua aposentadoria inteira para pagar os remédios de pressão alta. Se vocês acham que isso é o sistema de governo justo, vocês, além de não terem uma gota de compaixão pelos outros seres humanos, vocês são completamente obtusos, porque são classe média e estão votando no governo/sistema que vai prejudicar vocês tremendamente, agora e no futuro. Good luck.

Cláudio said...

Compaixão com o dindim dos outros é mole, mole.

Anonymous said...

Leila, Leila.

Vc esta andando com aquele pessoal que quer adivinhar o que os outros pensam, nao analisar o que alguem escreve.

O meu post mostrou (graficos e dados) que como a maioria dos que pagam impostos eh considerada rica, se vc cortar impostos eles serao necessariamente mais favoraveis aos tais 'ricos'.

Quanto a renda, nao se esqueca que o valor eh taxable income. 29 mil de taxable pode chegar a 50 mil de real income, dependendo das suas deducoes na declaracao.

Quanto a quem deve pagar o que, essa sua ideia de que eu tenho pena dos ricos eh bobinha. Nao tenho pena de ninguem. Se alguem acha que os impostos daqui sao absurdos, que se mude. Eu tenho preocupacao com a situacao no geral. Sim, porque se os ricos malvados um dia se enxerem s mudarem para Aruba, quem vai se dar mal vai ser eu, vc, e os pobrezinhos que ficaram desempregados e sem ter de quem taxar.

Mas nao espero que vc fique convencida de nada. Eu nao posto coisa alguma para convencer ninguem, somente fatos que eu acho interessantes.

[]s

Cláudio said...

Aruba is niiiiiiice :-)

Anonymous said...

Leila,

Nunca me identifiquei tanto com as palavras acima. Meu sonho é usar um aposentado pra subir no meu segundo helicóptero e partir pra Polinésia.

Do alto eu dou uma banana ou jogo um remédio sem o princípio ativo pra ele, só pra sacanear?

Aceito sugestões, a serem enviadas para meu chateau em Paris.

Acenos distantes (abraço é coisa de favelado),

Justo Veríssimo.

Anonymous said...

Acho engraçada essa lógica de que quem pode pagar mais TEM que pagar mais. É mais ou menos como dizer que você TEM OBRIGAÇÃO de sustentar seu vizinho. Êta raciociniozinho perigoso...

É claro que os mais necessitados sempre serão os maiores usuários de serviços públicos gratuitos, mas daí a enfiar a faca nos outros que nem se beneficiam de saúde pública, assistência, etc. E já pagariam, de qualquer forma, um valor proporcional e nominal maior se os percentuais fossem os mesmos, é meio dolorido. Fica com um ar de pura e simples extorsão. Não há um critério real de justiça e igualdade perante a lei.

O problema é que os socialistas fizeram a leitura do termo "igualdade" e entenderam que é pra tornar todos iguais... Igualdade é TRATAR todos com igualdade, não torná-los iguais entre sí na marra. Basta lembrar que o sentido original e verdadeiro do termo é que todos são iguais perante a lei.

Anonymous said...

Ah Roger,

Mas a vao te dizer que vc eh um atrasado. Sentido original das coisas? Vc quer retornar a idade da pedra eh?

Eh como eu disse antes. A maioria desse pessoal ja esta tao envolvido com governo que nem percebem absurdos obvios como esses que vc citou (e que eu tentei mostrar com os graficos).

Como disse um cara por aqui, "eles recebem o cheque magicamente todo mes e acham que eh injusto que outros nao tenham a mesma oportunidade".

[]s

Cláudio said...

Mas Paulo, lembre-se que o chequinho mágico é para o bem dos mais necessitados. Compaixão Pailo, tenha compaixão.

Anonymous said...

Olha, Paulo, já me chamaram muito de ultrapassado quando defendo certos conceitos. Mas, sinceramente, não estou nem aí. Demoramos séculos para desenvolver bons conceitos de democracia, liberdade, igualdade, etc. E eu não estou disposto a abrir mão deles tão facilmente não.

Abraços