Quarta, 7 de Julho, 2004
Fim da linha
Estamos chegando num ponto limite nesse nosso país do samba e carnaval.
Vejam mais essa fanfarrice do el comandante. Parece brincadeira, mas é coisa séria. A distância entre pedir um calote organizado dos juros do cartão e o fim oficial da iniciativa privada não é grande. A mensagem aliás, é claríssima.
E o pior é que a oposição objetiva a esse tipo de declaração é quase nula. É muito mais fácil criticarem o português errado do Lula do que o vazio das suas teorias desorientadas.
Quando se procura a opinião dos nossos economistas, o que eles dizem? Nada de prático. Somente o blablabla intelectualóide de sempre, criticando as consequências sem ao menos tentar reconhecer as causas.
E é tão fácil achar as causas! Vejam essa notícia aqui: "O governo conseguiu fechar um acordo que impede que os financiamentos com garantias reais possam ter prioridade na fase de recuperação das empresas. Essa medida, mais dirigida para os bancos, impede que eles desapropriem os bens dados em garantia aos empréstimos como máquinas, equipamentos de informática e bens imóveis." (via Jaquinzinhos)
A lógica é simples: Se você não tem prioridade para cobrar a garantia de um empréstimo, OBVIAMENTE os juros serão altos! Não é aumentando o superávit na balança comercial que vai mudar essa realidade.
Mas não, a solução proposta pelo nosso gênio do planalto, o líder da nossa economia, é não pegar dinheiro de lugar nenhum ou dar o calote.
Talvez o capitalismo não seja mesmo o sistema para o Brasil. Nossa cultura, nossos governantes, até mesmo nossas elites parecem simplesmente não entender os conceitos mais simples do sistema. Ou pior, entendem e fingem não entender.
Isso tudo só pode acabar mal.
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