Tuesday, November 15, 2005

ACLU

A ACLU (American Civil Liberties Union) é provavelmente o maior representante do que há de errado com a esquerda americana.

As intenções são boas, mas o exagero é patético.

Eles estão, por exemplo, processando a cidade de New York por fazer inspeções de pacotes no metrô.

A explicação para o processo foi que a busca aleatória vai contra a proteção constitucional a "unreasonable searches", já que por definição, inocentes serão revistados. Obviamente, se a polícia dissese que estava procurando somente por pessoas que se encaixam como suspeitos, a ACLU processaria por profiling.

Ironicamente, o escritório da ACLU em NY revista todos e tudo sem problema nenhum.

Essa não é uma exceção, é só um exemplo do modus operandi deles.

Eles já defenderam uma organização que promove a pedofilia, já processaram os escoteiros, e até foram atrás de escolas por causa de músicas de natal.

Um radicalismo ideológico, fantasiado de proteção à liberdade, que transforma uma organização que na teoria defenderia os interesses da maioria, em uma que coloca qualquer consideração prática de lado e, no fim das contas, causa mais danos do que benefícios.

Uma NRA em esteróides da esquerda.

43 comments:

Cláudio said...

Como diz, quase sempre de forma brilhante, Thomas Sowell: "o liberal nega aos outros direitos que garante para si".

Cláudio said...

Alex, do jeito que você colocou parece que eles aceitam incautos e depois os forçam a se converterem. Ora, se o Boy Scouts é um grupo cuja característica dos seus membros é serem heterossexuais e acreditarem em Deus o que um ateu gay iria querer lá?

As pessoas deveriam se associar a grupos cujos princípios estejam de acordo com aqueles nos quais elas acreditam e não tentar forçar grupos a se adaptarem a seus desejos, preferências ou princípios.

Imagino uma situação hipotética onde um católico pregador contra a sodomia tentasse se filiar a uma organização gay.

Liberdade de associação é uma das liberdades defendidas pelos libertários com mais ênfase.

Jorge Nobre said...

Quer dizer que o "Sempre alerta" é homofobo?

Ora essa! A reputação de Baden Powell e seus meninos era bem outra...

Cláudio, pense bem: Uma organização uniformizada, que acampa no mato e onde só se tem cueca para todos os lados. Aí quem pergunta sou eu: O que um gay não irá querer lá?

Isso inclusive me lembra o nazismo: um bando de garotos com um lider, todos uniformizados e acampando no mato... Era assim que os nazistas tratava os moços da Alemanha, sabe? Os jovens eram obrigados a deixar seus lares e passar uma temporada acampando sob a orientação dos esclarecidos da raça superior. Com um detalhe: mesmo que fosse contra a vontade dos pais os garotos tinham que ir. Era para o aprimoramento da raça. O Estado mandava mais nos filhos que os pais. A tradição patriarcal alemã foi para o esgoto. E ainda encontro gente para dizer que o nazismo era um movimento de esquerda!

Quando aos escoteiros, ora, se eles são uma associação particular, é claro que têm o direito de vetar quem quiserem. Se, no entanto, recebem subsídios ou alguma forma de ajuda estatal, aí a conversa é outra: Eles não podem vetar ateus gays porque ateus gays pagam impostos como todo mundo e ateus gays têm o direito de usifruir dos investimentos estatais como todo mundo. Acredito que o caso dos escoteiros seja o primeiro. Mas não tenho certeza.

Jorge Nobre said...

Desculpem, errei: onde escrevi "E ainda encontro gente para dizer que o nazismo era um movimento de esquerda!" leia-se "E ainda encontro gente para dizer que o nazismo era um movimento de direita!"

Cláudio said...

Jorge, olhando por esse lado, me impressiona que a procura dos gays pelo escotismo seja tão baixa . ;-)

bridgeplayer said...

Não, Jorge, há escoteiras também. Há até acampamentos em conjunto. Barracas separadas, claro, mas...

Anonymous said...

Alex,Claudio,Jorge,
Sabe o que mais me impressiona nesses casos? A ingenuidade e exagero desse pessoal da ACLU.

Eu estudei por 15 anos em colegio de freiras. Nos faziam rezar todas manhas, na Capela, e durante todo esse tempo eu fiz tudo que tinha que fazer.

Resultado final: Nao sou catolico. Sera que aquilo tudo foi realmente um "abuso ontra minha liberdade de religiao"?

Claro que nao po! Se os escoteiros querem ter um ritual aonde fala "in god we trust" or something like that, WHAT IS THE FUCKING PROBLEM?

Serio, eu nunca, nunca vou entender como esses so called "enlighted" people sao tao radicais e sensiveis com coisas taooo inuteis.

[]s

Anonymous said...

Sabe o que mais me irrita? Eh que esse tipo de comportamento dito "liberal" eh uma continuacao dessa ideia maluca de que o povo em geral eh tao burro, tao submisso e sem cerebro, que fazer uma crianca dizer "in god we trust" vai na verdade convencer ela que Deus existe!!!
(Isso sem querer entrar no merito de que isso nao seria desastre nenhum em questao de liberdade social)

Eh um desperdicio de dinheiro, tempo, e tudo mais, que simplesmente me leva a loucura.

Eu acharia super valido uma organizacao como a ACLU que realmente fosse atras de manter as liberdades individuais. Existe tanta coisa para ser combatida, tanto abuso de verdade, e eles ficam perdendo tempo convencendo as pessoas a dizer "happy holidays" ao inves de "happy xmas".

Give me a fucking break.

Cláudio said...

Pelo menos aí nos isteitis nego zoa direto esses pentelhos. Um show como este no Brasil é impensável:

http://www.gregtbunny.com/episodes/fox.html

Destaque para os episódios 2 e 9. O modo como eles tripudiavam dessa galera politicamente correta era delicioso.

Neste show, os puppets preferiam ser chamados de fabricated-americans. ;-)

Anonymous said...

Uau, o Paulo falando palavrão... Essa me surpreendeu. Acho que você tem assistido tanto o Bill O'Reilly que resolveu mudar o seu estilo para uma coisa mais agressiva. Engraçado é você se irritar tanto com a ACLU, mas não se comover muito com os fiascos da política dos republicanos. Mas o que são milhares de mortos na guerra do Iraque, o déficit fiscal e a manipulação da inteligência sobre WMD, comparados às ações da ACLU?

Bem, quanto à questão religiosa... Minha amiga é hindu e colocou o filho num colégio católico, porque achou o currículo e o ambiente lá melhor do que nas escolas públicas. A condição é de que ele ficaria desobrigado de assistir às aulas de religião e missas. No entanto, o diretor e os professores começaram a levar o garoto para as missas, alegando que seria melhor do que ele ficar sozinho brincando. A mãe dele, que leva a religião hindu a sério, e não queria criar essa confusão na cabeça da criança, ficou revoltada quando descobriu isso. Enfim, isso é apenas um caso em que se vê como uma inicial proposta de não forçar uma religião alheia na educação de uma criança pode ser descumprida. É uma questão delicada, e que pode criar problemas de contradição entre o que é ensinado em casa e na escola (ou grupo de escoteiros).

Cláudio said...

Além de todos esses "defeitos" do Paulo citados pela Leila, ele ainda torce pro "Curíntias".

Shame on you, Paulo...

Igor Taam said...

Bem, Leila. Acho que já tem muita gente falando mal do Bush, e não sem motivos. Não quero entrar nessa questão. Agora, eu nunca vi um blogue em língua portuguesa falar, bem ou mal, da ACLU. Pessoalmente, acho que é muito mais interessante ver o Paulo tocar nesse assunto do que aqueles que eu já estou cansado de ver. Se fosse essa a minha disposição pessoal, teria ligado em qualquer telejornal. Acho que este é um diferencial do FYI em relação a todos as outras mídias (de tv até blogues). Até aí é a minha opinião apenas.

Fora isso, você quer monitorar o que ele coloca no próprio blogue? Que tal chamar a ACLU por subversão ideológica do Paulo? :(

Sobre a sua amiga... que que tem? Não deu para entender seu ponto de vista sobre a big picture, você apenas citou um caso isolado e não tenho idéia do que você quis insinuar ou dizer com isso. Não ficou claro para mim.

Anonymous said...

Igor, o Paulo pode falar do que ele quiser. Eu só acho curioso ele ficar tão indignado com a ACLU, e não se indignar da mesma forma com problemas muito mais graves.

Igor Taam said...

haha fabricated-americans é impagável.

Igor Taam said...

Você acha estranho ele "não se indignar com problemas mais graves" ou "não ter o mesmo ponto de vista que o teu sobre as coisas que não gostas"?

Talvez, nesse caso, a coisa toda não seja só estranha.

Anonymous said...

Olá a todos, não quero ser o dono da verdade, mas gostaria de destacar alguns pontos da discussão.

Leila, mais estranho do que sua indignação com os tópicos escolhidos pelo Paulo, é a reclamação de que ele deve se indignar com as mesmas coisas que lhe afetam.

Sobre a amiga hindu, espero que ninguém a tenha obrigado a manter a filha na escola católica, porque isso sim seria grave. Eu estudei no São Bento/RJ, e no meu tempo a participação nas missas era obrigatória. Quem não era católico tinha a livre escolha de estudar em qualquer outro lugar. Aposto que aí nos States existem escolas de todos os tipos, e torço para que sua amiga hindu não se indigne com o ensino religioso muçulmano, caso decida matricular a filhinha numa madrassa.

Indignar-se com missas em uma escola católica é, para mim, o mesmo que entrar num McDonald's, pedir um Double Whooper e se irritar porque recebeu um Big Mac. Cada lugar oferece um serviço, e ninguém é obrigado a consumir o que não gosta. Quer um ensino de qualidade? Duvido que não haja milhares de colégios laicos com currículos excelentes por aí.

Jorge Nobre, o escotismo não é exclusivo de homens. Há mulheres também, que no meu tempo eram chamadas bandeirantes. Fui escoteiro e sênior dos 11 aos 16 anos, conheci gente do mundo inteiro nas jamborees, me diverti bastante acampando e competindo pra ganhar umas condecorações. Que mal há nisso? Ambiente parecido com os summer camps americanos, ou com os campos de verão judaicos. Comparar escotismo com a prática nazista é exagero, pois falta a base ideológica da superiodade racial. A origem do escotismo é o exército, valores parecidos, com as vantagens de não dar tiro em ninguém e não ser torturado em quartéis. Se gays querem ser escoteiros, é uma escolha pessoal. Se mencionam Deus há exatos 148 anos, como pode haver punição à instituição, já que os participantes aceitaram as regras pré-estabelecidas? Se a instituição tem financiamento público, não foi ela que exigiu, mas algum político que ofereceu, e passou por votação democrática. Minha posição é a seguinte: da mesma forma que discordo da influência religiosa no Estado, também não desejo que ocorra o contrário em demasia.

Abraços.

Anonymous said...

Leila e pessoal,
Acredito que o problema nao eh a importancia do assunto, e sim a complexidade. Quanto mais simples o assunto, fica mais facil (e comum) ter uma opiniao forte. Os abusos da ACLU sao tao evidentes, tao absurdos, que me empolguei.
Da mesma forma, quanto mais complexo um assunto, fica muito mais dificil se posicionar com tanta 'paixao'. Existem muitas variaveis, muitos pros e contras, e muitas vezes nao existe uma posicao 100% certa (independente do que vc considere certo).

O caso da guerra no Iraque eh um otimo exemplo. Seja a favor ou contra, quem realmente entende a situacao e o que esta em jogo nao tem opinioes monocromaticas sobre o assunto. Qualquer um que se posicione em um dos extremos ('A Guerra foi feita numa mentira vamos sair de la' ou 'Quem critica a Guerra nao eh patriota') simplesmente nao sabe nada sobre o assunto.

[ ]s

Anonymous said...

Bruno, aqui nos EUA as escolas católicas muitas vezes oferecem o melhor ensino, dependendo da região. Principalmente se a escola pública do seu bairro for barra pesada. O compromisso dos diretores e professores dessas escolas é não obrigar quem tem religião diferente a freqüentar os ritos e orações católicos. Se os pais pediram para o filho ser "excused" dessas aulas (e pagam caro ao colégio), trata-se de um descumprimento de contrato e uma grave interferência cultural sobre a família da criança. Minha amiga havia confiado no diretor da escola, e eu vi o dia em que ela soube que o garoto estava sendo levado para as missas. Ela ficou arrasada. Com certeza, ela já está procurando outra escola para matriculá-lo.

Bruno, eu não estou indignada com os tópicos escolhidos pelo Paulo. Eu apenas estranhei que ele fique tão abalado a ponto de perder o usual fair play com uma questão menor, enquanto analisa muito mais friamente as questões mais graves. O Paulo já deu sua explicação para isso aí em cima.

Mas Paulo, independente de estar num extremo ou no outro, você não acha que a guerra ou corrupção num governo são temas capazes de provocar mais revolta e emocionalismo numa discussão? Você não achou o cúmulo a incompetência do Michael Brown na FEMA? Você não acha o cúmulo o país estar caminhando para um déficit monstruoso, em grande parte graças aos bilhões gastos mensalmente numa guerra altamente discutível? Essas são questões que levam à morte milhares de pessoas. O que a ACLU faz, às vezes, pode parecer radical, mas basicamente eles estão defendendo o cumprimento da Constituição e os direitos civis, não estão criando novidade nenhuma. No dia-a-dia da entidade, eles fazem muito mais ações benéficas a você e eu do que a eventual manchete pinçada pelo Bill O' Reilly. By the way, um dia ainda espero te convencer que esse cara não faz jornalismo, e sim fake news e propaganda. Você concordou com aquelas palhaçadas que ele disse sobre San Francisco?

Anyway, espero que os ares progressistas de Seattle te façam bem. A cidade é bacana, estive lá em 2001, e em outros pontos do litoral e do interior do estado.

Anonymous said...

Link para a matéria do Chronicle sobre as declarações do Bill O' Reilly contra San Francisco:

http://sfgate.com/cgi-bin/article.cgi?f=/c/a/2005/11/11/MNGFMFMNV41.DTL

Cláudio said...

Taí, Paulo. Se você mudar de idéia sobre alguma coisa por causa das pessoas que te cercam e não através de um processo seu de conhecimento da realidade que o cerca, perderei totalmente o respeito pelo FYI. Ser Corintiano eu até deixava passar mas Maria-vai-com-as-outras-liberal é o cúmulo! :-)

Jorge Nobre said...

Interessante.

Já eu acho um absurdo uma pessoa se indignar com o Paulo e não se indignar com o Lula ou com o Fidel Castro, por exemplo.

Enfim, como disse o Funaro contra Roberto Campos "Cada um tem um objetivo na vida"... (O Funaro era empresário e o Roberto Campos foi um empresário público durante quase a vida toda. As irônias não têm fim).

Anonymous said...

Paulo, 2 palavrões em comments seguidos?!? Cuidado com a FCC! Não seja que você tenha que acabar chamando a ACLU. :)

Abraços

Anonymous said...

Nao deixa de ser engracado vcs ficarem tao surpresos com dois fuckezinhos inofensivos. Vcs deviam me ver durante um jogo do Corinthians. Isso so comprova como nao da para achar que se conhece alguem lendo um blog :-)

Leila,
Nao fico revoltado com o defict, a guerra, ou com a resposta do governo ao Katrina, porque consigo entender a complexidade desses problemas. Fico chateado, bravo, mas tento manter a perspectiva. Eh sempre bom se colocar na pele dos outros, e nao assumir que este ou aquele seria melhor do que os outros. Monday morning quarterback eh sempre algo que eu tento evitar.

Novamente, a guerra eh o melhor exemplo. Eu fico chateadissimo com cada soldado que morre, mas nao existe solucao facil. Nao vou fazer que nem os democratas, que acreditavam na inteligencia (assim como a ONU, Europa, Clinton, etc) e agora que as coisas estao dificeis "esquecem" de tudo e dizem que o bicho papao enganou todo mundo.

Entao, vou me revoltar porque? Porque o mundo eh complexo demais? Eu tenho aqui meus palpites, minhas esperancas, e sempre que posso escrevo.

Nos casos da ACLU, eu sei que eles estao errados. Nao eh defesa da constituicao, eh exploracao de loopholes. Algo que, para mim, eh bem claro.

Quanto ao O'Reilly, vc se importa com ele mais do que eu. Vc nao deve ter percebido, mas o texto que postei sobre o petroleo ia contra a opiniao dele. As vezes ele acerta, as vezes erra.

Claudio: Don't worry :-)

[]s

Anonymous said...

É, Paulo, eu acho o Bill O' Reilly muito preocupante, porque ele passa calúnias e mentiras como sendo jornalismo, e muita gente acredita.

Sobre os democratas, eu também critico a postura que tiveram no início da guerra. Foram muito fracos. Mas se eles resolveram ganhar cojones agora, tudo bem, já não era sem tempo.

Quanto aos palavrões, não tenho nada contra - especialmente quando bem colocados -, só acho que não combinam com a sua persona blogueira.

Jorge Nobre said...

"empresário público" não, funcionário público. Bem sei que não faltam no Brasil tipos que poderiamos classificar como "empresários públicos" e provavelmente Funaro era um deles, mas não foi isso que eu quis dizer. Corrijo, enfim, e abraços a todos.

Anonymous said...

Leila, o que você acha do Michael Moore?

Anonymous said...

Patrick, parece que a única celebridade americana de "esquerda" que vocês conhecem é o Michael Moore, mas vamos lá.

O Michael Moore não é jornalista, é cineasta. Ele fez uns 3 ou 4 filmes que ficaram famosos, num espaço de cinco anos. O Bill O' Reilly trabalha na Fox News como âncora jornalístico, aparecendo diariamente na televisão de milhões de americanos, sem contar com seu programa de rádio em cadeia nacional que atinge ainda mais gente - é completamente diferente. Se o Michael Moore se equivoca ou exagera em suas opiniões, ele não está no papel de jornalista "imparcial", o público sabe que é a opinião pessoal dele, que você pode concordar ou não. Num programa jornalístico, ao contrário, o público tende a receber a opinião como sendo informação.

Minha opinião pessoal sobre o Michael Moore - ele é gordinho, feinho, gosta de aparecer, fala algumas bobagens, mas muitas vezes acerta na mosca. Seus filmes têm bons e maus momentos, mas ele faz um trabalho genial de pesquisa de imagens e situações extremamente embaraçosas para o governo e a direita, que o público jamais teria visto se não fossem os seus documentários. E, diga o que quiser das ilações exageradas do Moore durante os filmes, mas as imagens são 100% verdadeiras. Por mim, o filme Farenheit 9/11 nem precisaria de voice over.

Igor Taam said...

"parece que a única celebridade americana de "esquerda" que vocês conhecem é o Michael Moore.

EU X ELES (ou VOCÊS)... Acho que NÓS já vimos isso em algum lugar. Vai ver A GENTE escreveu isso. Não lembro quem FOMOS.

Cláudio said...

Desculpe a ignorância, mas qual a função âncora exatamente?

No programa de rádio não cabe discussão porque é um show onde ele fala o que der na telha. Se como âncora ele tem a prerrogativa de dar sua opinião sobre os fatos, então ele está certo. Caso contrário...

Eu ACHO que se ele noticiasse fatos inverídicos (como fez o Dan Rather) ele já teria sambado por pressão da media adversária, mas é puro achismo mesmo.

Anonymous said...

Cláudio, ele nunca vai sambar porque ele cumpre exatamente o papel da Faux News, quer dizer, Fox News.

Anonymous said...

Paulo, você grita "fuck" em jogos do Corinthians? Vou ter que atualizar meu repertório de palavrões, pra saber o que você vai gritar quando o Internacional vencer no domingo. :-)

Leila, adoraria ver um filme do Michael Moore sobre as falhas do governo Clinton, mas naqueles oito anos o cineasta preferiu hibernar. Pena que algumas pesquisas e imagens que iria encontrar o deixariam na seção x-rated das videolocadoras.

Deixando de lado a vida privada do ex-presidente, imagine como seria se pudéssemos ver no cinema as ações do governo Clinton no combate ao 1° atentado às torres gêmeas, o fracasso da intervenção na Somália, o descaso com os dois atentados a bases americanas na Arábia Saudita, aos ataques às embaixadas no Quênia e na Tanzânia, ao ataque ao USS Cole no Yemen, a imigração ilegal desenfreada de meio milhão de pessoas por ano na década de 90, a fronteira com o México abandonada ao tráfico de pessoas e drogas, o bombardeio da Sérvia, a venda de armas à Croácia, a invasão do Sudão, o bombardeio inexplicável ao próprio Iraque, justo no momento mais quente do pedido de impeachment... daria um filmão!

Anonymous said...

shgsfs

Anonymous said...

Que nada, achei os fuckezinhos muito chiques até. :) Me lembrou o Rude Pundit.

Anonymous said...

Bruno, talvez não tenha havido filme contra o Clinton porque naquela época os EUA viviam um período de grande prosperidade e alto astral, com um presidente popular, inteligente e capaz de exercer liderança mundial e pensar com as próprias idéias.

Cláudio said...

Peraí, se o Clinton foi "inteligente e capaz de exercer liderança mundial" então as coisas que o Bruno disse mais a invasão do Iraque, usando mesmos argumentos do Buxi, não aconteceram?

Anonymous said...

Claudio, longe de mim querer canonizar o Clinton. Mas o governo dele foi bastante decisivo, por exemplo, para resolver os conflitos sérvios, numa ação rápida e bem sucedida; conseguiu estabelecer negociações para manter uma certa estabilidade no Oriente Médio; os bombardeios no Sudão e no Iraque visavam a atingir alvos terroristas específicos, ao contrário da guerra em grande escala perpetrada contra o Iraque; o ataque ao USS Cole é infinitamente menos grave que o September 11, até porque o ataque a um navio militar nem se compara ao massacre de civis, principalmente levando em conta que o Governo Bush foi AVISADO do aumento da probabilidade de ataques a aviões comerciais e nada fez.

O Clinton era muito mais respeitado mundialmente como líder do que George W. Bush, não há a menor dúvida.

Quanto à imigração via México, o presidente Bush não considera essa questão uma prioridade, tendo sido bastante liberal na concessão de documentação a imigrantes que já vivem e trabalham aqui. O número de votos de Bush entre os latinos até aumentou por causa disso.

Anonymous said...

Leila, minha pergunta foi irônica, não precisava ter respondido, eu já sabia a resposta.
Mesmo assim, obrigado.

Abraço

Cláudio said...

Mas Leila, bombardear países, mesmo que visando alvos terroristas específicos, é uma declaração de guerra.

Se eu bem me lembro - e estou cavucando a memória mesmo - os EUA hesitaram bastante na questão da Sérvia (se não me engano Clinton considerava os massacres uma questão interna). Os EUA somente agiram quando a situação estava no limite e após o estouro do caso Monica Lewinsky, o que motivou a oposição a chamar o ataque de diversionista.

E sempre é bom recordar a Janet Reno e o massacre de Wako.

Resumindo, político tem um dom natural de fazer cagada, seja ele do seu time ou dos outros.

Anonymous said...

O mais 'engracado' eh esses democratas de hoje chamarem o Bush de mentiroso sobre as WMDs, sendo que na epoca dos bombardeios de 98 o Clinton so nao foi para a "guerra em grande escala" (essa guerra eh a de menor envolvimento de tropas e de feridos/mortos) porque os republicanos do congresso nao aprovariam...(O que alias, foi o segundo maior erro dos Republicanos sobre o Iraque. O maior foi em 1991).

Pena que eu nao existiam blogs na epoca do Clinton... Senao poderiamos ver um monte de 'holes' em certas criticas atuais...

[ ]s

Anonymous said...

Paulo, nem precisava de blogs; o Clinton já levava críticas suficientes na mainstream media e quase levou impeachment porque mentiu sobre um caso extra-conjugal - uma situação que não tinha nada a ver com a sua capacidade de governar.

Mas Claudio, concordo contigo nisso, todos os governos erram. A questão é que os erros do Bush tiveram conseqüências mais graves que os de Clinton, e não é à toa que Dubya rasteja agora com um índice de popularidade de pouco mais de 35%, significando que até a sua base está abandonando o barco. Só o Nixon pós-Watergate obteve níveis de aprovação mais baixos que Bush tem hoje.

Anonymous said...

A diferença é que os erros de Clinton trouxeram conseqüências graves após o mandato, enquanto que os de Bush são vividos ao vivo.

Mas continuar com o embate Clinton x Bush é perda de tempo - e admito, fui eu que comecei. Os dois erraram muito, mas um é a perfeição inalcançável, enquanto que o outro é o idiota comum. E se ver mais parecido com o idiota comum deve doer tanto pra certas pessoas, que provoca uma raiva incontrolável de tudo que venha dele.

Boa noite a todos.

Anonymous said...

Impressionante como gente hipócrita como a Leila está disposta a esquecer e engolir os pecados de alguns políticos somente pq pertencem ao partido q ela apóia!!!!!
Quer dizer q bombardear uma fábrica de remédios no Sudão "visava atingir alvos terroristas específicos"? Sei........ E o Bush "foi avisado" dos ataques de 11 de Setembro, enquanto o pobre Clintonzinho, durante cujo governo os tais ataques foram preparados, não tem culpa nenhuma no cartório. Arrã...... Quá-quá-quá, faz-me rir.......
O maniqueísmo chega a ser infantil de tão primário: Bush é malvadão, Clinton é bonzinho.....

Cláudio said...

Bem, quanto à popularidade do Bushinho, não lembro de ter visto na História uma campanha tão abrangente contra uma pessoa como está ocorrendo com ele. Com isso tudo, impressiona-me que a família dele ainda o apoie. :-)