Saturday, December 31, 2005

Que venha 2006!

Querem saber porque eu sou otimista?

Vejam essa lista dos 12 cursos universitários mais bizarros dos EUA. Os meus preferidos foram:

- Sex, Drugs, and Rock ‘n’ Roll in Ancient Egypt
- Lesbian Novels Since World War II

E o melhor de todos: "Taking Marx Seriously: Should Marx be given another chance?"

Se os EUA ainda conseguem prosprerar, apesar de todo esse lixo sendo empurrado goela abaixo da juventude pela dita 'elite intelectual', tudo é possível.

Que venha 2006!

Friday, December 30, 2005

Sobre o Irã

Olha, eu sei lá se esse pessoal é louco o suficiente para atacar Israel, os EUA, ou seja lá quem for.

Mas certas imagens valem mais que mil palavras. Dêem uma olhadinha nesses videos. Vejam o #924, da menina de 3 anos e meio falando sobre os "apes and pigs". Ou melhor, vejam o #964. Ou quem sabe o #972.

A pergunta é: Porquê isso não aparece na grande mídia? Porquê o ocidente todo não se une para pelo menos mostrar o ridículo dessa ideologia insana?

Se a CIA peida ou se o Bush espirra, o mundo cai de pau. Enquanto isso, esse tipo de absurdo continua acontecendo e todo mundo deixa pra lá. E ficam tentando achar culpa no próprio quintal quando esses malucos fazem aquilo que foram treinados durante toda vida.

Esse sim é o maior perigo da nossa civilização acabar em desastre: A completa falta de bom senso.

Wednesday, December 28, 2005

Munich

Fui assistir Munich esperando um filme propaganda à favor dos palestinos. Afinal, depois de ler algumas reviews (essa do NYT é um ótimo exemplo) não tinha como esperar algo diferente.

Se o Spielberg realmente tinha esse objetivo eu não sei. Eu só sei que o resultado final não foi o que eu esperava.

A mensagem que eu vi no filme foi essencialmente que violência é algo terrivel. Que qualquer ser humano, por mais forte que sejam seus motivos, não lida bem com o ato de matar. E que a vingança, mesmo quando justificada, nem sempre tem o efeito desejado.

Não vou nem entrar no mérito se o filme apresenta evidências reais para tudo isso. O aviso no começo deixa bem claro que o mesmo não é um documentário. Se as pessoas não conseguem entender esse conceito, e acham que podem usar filmes de Hollywood para aprender história, não é culpa do Spielberg.

O importante é que, no geral, o filme é interessante. Valeu o preço do ingresso.

E no fim das contas, não vejo nada de errado com as premissas do filme. Não tenho a menor ilusão que qualquer conflito violento, seja ele em Israel, Iraque ou New York, não seja horrível. Também acho que, por mais justificada que seja, guerras nem sempre tem o resultado final desejado. Ironicamente, esse é um dos conceitos que a esquerda menos compreende. Mesmo depois do maior exemplo possível na segunda guerra, onde tivemos que escolher entre Stalin e Hitler.

E tem mais: Eu nem discordo que o terrorismo seja motivado por "injustiças". Obviamente, os palestinos acham uma injustiça Israel existir. Assim como os Bin Ladens da vida acham injusto que o mundo não seja um império islâmico.

Intencionalmente ou não, o Spielberg não tenta propor uma solução alternativa à violência. Aliás, nenhum pacifista propõe uma solução alternativa, a não ser os fringe loonies que acham que os 6 milhões de judeus não tem porque temer os 200 milhões de árabes que proclamam aos quatro ventos que a única resolução é a destruição de Israel.

Mas não é porque a violência é inevitável que temos que deixar de reconhecer seus horrores. E nesse aspecto, Munich foi muito bom.

Saturday, December 24, 2005

Ho ho ho

Thursday, December 22, 2005

Pobre América do Sul

Mais um maluco no poder. Mais um passo para trás.

A parte mais decepcionante dessa eleição do cocaleiro Morales não é a nacionalização das indústrias bolivianas, nem sua política pró-coca. Nem mesmo quem ele considera seus amigos e seus inimigos.

O pior foi ver que na perdeu-se um país que, apesar dos muitos pesares, vinha caminhando na direção certa.

(Heritage Foundation e Fraser Institute)


A Bolívia estava desmoronando em 1985, quando algumas reformas liberais foram implementadas. Apesar de limitadas, essas reformas deram muitos resultados rapidamente.

A hiperinflação, que chegou a 23.000%(!) em Setembro de 1985 caiu para 18% em 1990 e vinha sido mantida em menos de 10% desde 1995.

Crescimento econômico vinha com uma media de 4% ao ano, depois de contrair 10% a cada ano na primeira parte da decada de 80.

A dívida externa foi diminuida de 100% do PIB para menos de 50%.

Nos últimos 7 anos, a situação piorou. Muitas reformas que deveriam ter sido feitas não foram. E como sempre acontece nesse nosso rico porém ignorante continente, o povo resolveu jogar fora 20 anos de melhora e voltar para tudo que já foi tentado e nunca funcionou nos últimos 180 anos.

Pobre América do Sul.

Tuesday, December 20, 2005

Desorientado

Se eu fosse um pouco mais desconfiado, acharia que o João Sayad andou lendo as discussões que temos por aqui (and not taking my side, that's for sure).

Vejam algumas partes do texto que tem um título um tanto estranho: "Talento" (grifos meus)

"Há conservadores e progressistas, "esclarecidos" ou "atrasados".
Conservadores esclarecidos temem e respeitam a fragilidade das instituições e das relações entre humanos. São depressivos.
Progressistas esclarecidos são gente com fé no diálogo e indignação com o estado das coisas. São ansiosos.

Ambos podem ser de direita ou de esquerda. Qual a diferença entre esquerda e direita?"

"Os brasileiros da minha geração vestiriam imediatamente a carapuça da bronca do patrão, segundo essa leitura. Recebemos um grande país cruel que crescia; deixaremos um país cruel que não cresce."

"Na Washington de Bush, é impossível lembrar de Kennedy."

"Direita é quem lê o texto de uma única forma que vira mandamento ou lei. A esquerda relê, e a cada leitura escreve de novo. Direita são os fariseus, os donos dos textos."

"Há gente de esquerda que é de direita. E gente de direita que é de esquerda. Continuo desorientado. Melhor ler de novo."


Desorientado, sem dúvida.

Sunday, December 18, 2005

O valor da inteligência, trabalho e perfeição

Inteligência

Talvez eu tenha dado a impressão errada com meu último post.

O ponto não foi que eu desprezo a inteligência. Pelo contrário, acho um fator muito importante. O que eu quis dizer é que não é o único fator determinante do sucesso de alguém.

Dito isso, não vou negar que pessoas inteligentes tem a possibilidade única de exceder os feitos de uma pessoa menos inteligente. E por inteligência, quero dizer qualquer qualidade natural que uma pessoa tenha. Por mais que eu me esforce, nunca serei um físico nuclear, ou um mestre de matemática. Nunca serei também um ótimo jogador de futebol, ou um grande cantor, pintor ou poeta. Parte do processo é justamente identificar suas qualidades e usá-las da melhor forma possível.

O Alex escreveu que "Ter QI alto só vale de alguma coisa se for pra te fazer trabalhar menos"..."se eu me esforçasse pra tirar 10, imagina quantas horas eu iria perder de ócio, lazer e punhetas em geral".

Eu discordo totalmente.

O esforço vale tanto para uma pessoa de QI alto quanto vale para um de QI baixo. Nada de grande valor é produzido sem grande empenho. Einstein provavelmente poderia ter sido um grande professor de segundo grau, com muito mais tempo livre e menos preocupações. Aposto que todas as horas que ele passou produzindo sua teoria da relatividade não vieram sem dificuldade.

Trabalho e perfeição

Eu acredito que o ser humano foi feito para construir. Das ferramentas de pedra até a mais avançada tecnologia, buscamos sempre maneiras diferentes de modificar nosso mundo. Buscamos construir o que achamos ser necessário, não somente para proporcionar nosso lazer mas para viabilizar o que achamos ser um mundo melhor, incluindo a possibilidade de lazer. Se nosso objetivo fosse somente o ócio, ainda estaríamos vivendo nas cavernas, isolados e subexistentes.

Não estou dizendo que todos devem se matar de trabalhar e não ter diversão nenhuma. Muito menos que só podemos ser felizes se formos perfeitos. A vida é uma seqüência de escolhas, cada uma com uma troca associada. Quem têm a oportunidade e não reserva tempo suficiente para lazer acaba sofrendo as conseqüências em todas áreas da vida, incluindo trabalho.

Eu já tive meus periodos de desocupação e não era mais feliz. E pelo que eu já observei na minha vida, a enorme maioria das pessoas não é mais feliz porque tem mais tempo livre. As pessoas mais felizes são aquelas que tem um objetivo de vida.

E o ponto não é somente ganhar dinheiro. Dinheiro é uma ferramenta. A coisa mais comum do mundo é conhecer herdeiros de fortunas que são completamente infelizes. A Ayn Rand disse tudo que precisa ser dito sobre isso: "no man may be smaller than his money".

Saturday, December 17, 2005

Self-discipline



Durante toda minha infância eu fui um aluno medíocre. Naquela época, eu não sabia que meu QI era alto. Acreditava que eu era average, e acho que todos a minha volta também achavam o mesmo. Lembro claramente que meu objetivo era sempre descobrir o limíte do mínimo esforço necessário para passar de ano. Quando mudei de escola e a nota de corte mudou, me adaptei imediatamente. Independete da matéria eu nunca ficava longe da média, nem para cima nem para baixo, com pouquíssimas exceções.

Eu vejo basicamente duas explicações para esse comportamento:

- Eu tinha muito poucos incentivos para tirar notas altas. Minha familia só se interessava em que eu passasse de ano. A escola não oferecia prêmios, clubes, nada. As matérias eram pouco interessantes, e de pouca aplicação prática. Na verdade, os incentivos eram negativos. Ser um 'CDF' era péssimo socialmente. Além disso, como as poucas diversões oferecidas (esportes) não eram conectadas com o desempenho escolar, as mesmas competiam (e ganhavam) pelo meu tempo que teoricamente seria dedicado ao estudo.

- Eu acreditava que inteligência era a única responsável pelo sucesso escolar. Mais, achava que pessoas realmente inteligentes conseguiam tudo que queriam facilmente. Quem precisava se esforçar na verdade eram os burros. Os professores sempre diziam "Ah, o Pedrinho é um ótimo menino. Não muito inteligente, mas muito esforçado!". Se eu não conseguia notas altas automaticamente, era porquê eu não era inteligente o suficiente. Qualquer esforço seria somente uma admissão de burrice.

Essa situação continuou até eu começar a trabalhar, quando os incentivos mudaram e a importância da Self-discipline ficou evidente. Até voltei para a escola para fazer meu mestrado, só para provar que era isso mesmo.

O problema da falta de incentivos nas escolas é bem óbvio. O que mais me intrigou foi pensar nessa cultura que desmerece a aplicação e a disciplina. Aqui nos EUA, assim como em outras partes do mundo, esse tipo de associação não existe. Ou pelo menos é bem menor.

Meus amigos progressistas que me perdoem, mas eu acho que esse problema tem muito a ver com a visão anti-capitalista do mundo que eles têm. Afinal, se o QI é o único determinante do sucesso de uma pessoa, ninguém tem culpa de nada. O sistema todo é pré-determinado e o resultado final sempre será o mesmo.

O artigo linkado não demonstra que a self-discipline não é passada genéticamente. Entretanto, acho que fica bem mais difícil propagar e justificar essa idelogia de "from each according to one's ability, to each according to one's need" baseado numa característica tão obviamente controlável como a disciplina.

Monday, December 12, 2005

We are what we repeatedly do

A irracionalidade desse espírito assistencialista sempre me deixa perplexo.

Ai você pensa (como eu já pensei): "Ah, isso só acontece porque o governo não precisa dar satisfações à ninguém, e no fim das contas, o povo não entende a tecnicalidade desse tipo de programa".

Nope. Todos entendem. Eles querem almoços de graça. Ou dito de outra forma, querem dividir a conta na porrada. E coitado de quem discordar.

A maior diferença atual entre um país que vai para frente e um que vai para trás é que um consegue crescer mais rápido que o apetite dos looters, e outro não.

Alguns países balançam, bem ali no meio do caminho. Outros, parece que nunca aprendem.

Mas o que fazer quando certos "intelectuais" insistem na sua doutrina desonesta, apesar de todas as evidências mostrarem o contrário?

Como melhorar quem não quer ser melhorado?

Friday, December 09, 2005

Esquerda vs Direita - Again

Essa discussão lá no SSB foi animada, mas talvez por causa da empolgação, o pessoal estava comparando apples and oranges a cada 2 frases. Aqui vão meus two cents:

Primeiro de tudo, é totalmente necessário se separar os três âmbitos em discussão: forma de governo, doutrina econômica e politica social.

Economicamente, o espectro de opções vai de comunismo (aonde o governo controla todos os aspectos) ao "laissez-faire puro", aonde o governo não tem envolvimento nenhum. Atualmente, todas as economias do mundo estão entre um extremo e o outro. Além disso, o intervencionismo estatal também pode ser classificado em níveis. O primeiro é o dos impostos, taxas e tarifas. Depois temos as intervenções diretas na produção privada, como as diversas formas de subsídio, quotas, banco central, controle de preços, etc. Por último, temos a estatização da produção, que é a mais grave. Quanto mais empresas estatais (em proporção ao PIB), mais perto do comunismo. Claro que essas regras são subjetivas. Os dois mais famosos índices de liberdade econômica (Heritage Foundation e Fraser Institute) são dois exemplos de modelos diferentes.

No lado social, as opções vão de libertários aos tradicionalistas. Os tradicionalistas sendo aqueles que pregam o respeito e obediência as regras morais pré-estabelecidas, enquanto os libertários são os que pregam a dissolução (ou mudança drástica) das mesmas.

Sobre a forma de governo, temos em um extremo a anarquia (nenhum governo) e do outro lado o totalitarismo (ou governo total).

Todas as diversas opções desses três grupos podem se misturar. Podemos ter uma ditadura tradicionalista comunista, uma democracia libertária socialista, uma monarquia conservadora capitalista, etc.

Na teoria, economias que se aproximam do comunismo promovem governos autoritários. Primeiro porque para controlar a atividade econômica é preciso de muita gente, o que cria mais incentivos para corrupção, abusos de poder, e consequentemente a manutenção do poder na base da força. Segundo, porque quando o governo se envolve na produção, os mecanismos de competição não funcionam como deveriam e a tendência é que quem está no poder tenha mais chances de se manter no topo a todo custo.

Porém, certos níveis de autoritarismo convivem temporariamente bem com sistemas capitalistas. O Chile é o exemplo mais famoso. Mas no geral, os governos autoritários que permanceram no poder por longos períodos tendem a intervir fortemente na economia.

Na área social, muitos defendem a tese de que abertura econômica leva a abertura social. Outros dizem que "equalização" econômica (socialização) leva a maior abertura social. Na prática, nenhum dos dois casos sempre acontece. Os países comunistas tinham (os que sobraram ainda tem) péssimo histórico de direitos humanos. Entretanto, alguns paises que abriram suas economias recentemente (China é o maior exemplo) ainda não tiveram melhora significativa nos direitos sociais.

Só mais algumas oservações sobre ditaduras: O Nazismo e Fascismo juntavam elementos de direita e esquerda. Eles se aliaram a iniciativa privada, mas aumentaram a influência do governo em diversos aspectos. Somente certas empresas privadas (com influência no governo) prosperavam, e muitos argumentam que essa situação se tornaria insustentável a longo prazo. O governo controlava aspectos financeiros, principalmente alocação de crédito. Além disso, ao mesmo tempo em que eles eliminaram os sindicatos privados, construiram um gigantesco sindicato estatal. Ao mesmo tempo em que não estatizaram empresas privadas (só as que pertenciam aos judeus), construiram gigantes como a Volkswagen.

Mesmo nos aspectos sociais, os nazistas e fascista misturavam conceitos de direita e esquerda. Todo o aspecto racial e militarista pode ser ligado ao tradicionalismo europeu, enquanto os idéias de aumento de renda da camada mais pobre e harmonização das crises globais (os nazistas achavam que a crise de 29 foi arquitetada pelos judeus) eram ligadas (mesmo que por vias tortas) aos progressistas da época.

A ditadura do Brasil segue mais ou menos o mesmo caminho. Foi criada para evitar um possível golpe comunista, mas passou longe de implantar qualquer sistema capitalista liberal. As reservas de mercado, restrições trabalhistas, aumento do número de funcionários públicos, eram todas medidas identificadas com a esquerda.

Enfim, acho bobagem tentar enquadrar sistemas totalitários com uma ideologia (com a possível e discutível exceção dos golpes comunistas do começo do século XX). Toda ditadura, por mais poderosa que seja, é mais refém do seu povo do que qualquer democracia. Numa democracia tudo que seu partido precisa é da maioria. Numa ditadura, a minoria pode criar muito mais problemas. Esses governos tendem a ser extremamente populistas, e dai vem essa mistureba de medidas.

Ditaduras sempre acabam. E por bem ou por mal, nunca tivemos tão poucas como atualmente, o que torna essa discussão um tanto ultrapassada.

Monday, December 05, 2005

TETRACAMPEÃO

O bom nem sempre é bonito


Tevez, o Monstro da raça

Meus amigos que ficaram no lado de baixo da tabela (Championship challenged como diriam os americanos) me provocaram dizendo que a comemoração desse titulo não foi das melhores.

Eles tem razão, mas pelos motivos errados.

O problema não foi o suposto favorecimento da arbitragem, ou a falta de brilho desse time. Sobre o favorecimento eu falo depois, e sobre o time, contando com todos os titulares, acredito que este seja melhor que os outros 3 campeões.

O problema desse campeonato foi outro: a fórmula dos pontos corridos. Para variar, o Brasil importa o que há de pior na Europa.

O pessoal que gosta desse esquema diz que é a fórmula mais justa, que vence o time mais constante, que tem o melhor elenco e planejamento. Concordo 100%. Só existe um probleminha: Os torcedores não estão atrás de justiça e constância, e sim de emoção.

Não existe coisa mais emocionante do que uma final. Final de verdade, com casa lotada, e que se acabar empatada vai para os pênaltis. O nervosismo de colocar 6 meses de campeonato em 90 minutos, a possibilidade de jogadores que não fizeram nada o ano inteiro virar heróis. Adrenalina pura.

Os defensores da formula atual rebatem dizendo que em pontos corridos todo jogo é uma final. Oras, usando a frase do Incredibles, tudo que isso quer dizer é que nenhum jogo é realmente uma final.

Imaginem se tivessemos agora oitavas de final entre Corinthians x Cruzeiro, Internacional x Paraná, Goiás x Atlético-PR e Palmeiras x Fluminense. Imaginem se Corinthians e Inter tivessem que jogar mais 2 vezes, no Beira Rio e Morumbi lotados.

Terminar um campeonato perdendo um jogo que acabou não valendo nada realmente é frustrante. E não poderia ser de outra maneira. Na verdade, poderia ter sido muito pior, com o campeonato acabando da mesma forma há 3 semanas atrás (se não fosse o gol impedido do Inter contra o Brasiliense).

O que na teoria é justo, na prática vira burocrático e chato. No campeonato de pontos corridos, a emoção é somente um detalhe.

---x---

A moral imoral


Se não fosse pelo gol irregular do Goiás (3 jogadores claramente impedidos) toda essa choradeira do Inter não estaria acontecendo.

Mas o mais irônico de toda essa situacao é que o time que se diz "campeão moral" é o mesmo que quer fazer valer os jogos aonde o juiz declaradamente roubou. Também é o time da mala preta, e o time que, na maior cara de pau do mundo, não admite estar usando um torcedor testa de ferro e a federação gaúcha na briga com a CBF.

E para completar a festa, fizeram a volta olímpica (depois de perder de um time rebaixado) mas decidiram não ir à justiça comum porque correm perigo de perder a vaga na libertadores.

Uma moralidade bem perneta essa colorada.

---x---

Título merecido



Ano

Jg

V.

%

E.

%

D.


%


G.P.

Média


G.C.

Média

1990


25

12

48%

8

32%

5

20%

23

0.92

20

0.80

1998

32

18

56%

7

22%

7

22%

57

1.78

38

1.19

1999

32

15

47%

9

28%

8

25%

54

1.69

49

1.53

2005

42

24

57%

9

21%

9

21%

87

2.07

59

1.40

Sunday, December 04, 2005

Hell yeah

Friday, December 02, 2005

Bad News Media

É considerado normal que a mídia seja atraída por notícias negativas. "Boas notícias não vendem jornal", como diz o ditado.

Seria essa uma questão de demanda ou uma certa limitação da oferta?

A situação atual da economia americana é um prato cheio para a análise desse problema:

Durante a campanha presidencial de 2004, quando a retórica política andava a toda, a porcentagem do povo americano que acreditava que o país estava em recessão era de 36%. Agora, um ano depois, com um PIB 3.7% maior e com o desemprego caindo de 5.5% para 5%, a porcentagem subiu para 43%.

E não é difícil entender porque tanta gente acredita nisso. Nos jornais, na TV, qualquer notícia é transformada em algo negativo.

Essa semana foi divulgado que a economia cresceu 4.3% (anual) de Julho até Setembro. 215 mil empregos foram criados em Novembro, e os gastos dos consumidores, que contam por 70% da economia, aumentaram também 4.2% na taxa anual. A taxa de desemprego continua em 5%. O preço da gasolina continua caindo.

Mas se você for no Google News e buscar por economia, a primeira que aparece é "Fed Chief Sees Risks for Global Economy".

Abra a seção de Business do NYT: Acima da reportagem sobre o aumento de empregos, estão headlines para "Sales of Impotence Drugs Fall, Defying Expectations e "Are Lawyers Being Overbilled for Their Test Preparation?".

Atualmente um número recorde de 69.2% dos americanos tem casa própria, mas tente procurar por noticias sobre "Home Ownership" e o resultado é deprimente.

Será que esse negativismo é algo natural ao ser humano? Ou será que existe um componente político/ideológico nesse tipo de situação?

Thursday, December 01, 2005

Falando na Slate



Dois bons artigos do Christopher Hitchens:

The Perils of Withdrawal
Why Ask Why?