Saturday, January 01, 2005



Sábado, 1 de janeiro, 2005

Objetivismo

Sempre que quero me informar sobre algo, começo pelas opiniões negativas. E falando sobre Objetivismo (e consequentemente Ayn Rand), achei essa página bem útil. Pode-se achar nela todo tipo de crítica: reviews dos livros, disputas filosóficas, e até ataques pessoais.

Um texto que me chamou atenção foi esse resumo da trajetória do Objetivismo. Foi a partir dele que cheguei no site que mais me agradou: Institute for Objectivist Studies (Objectivist Center). Esse centro foi criado por David Kelley, um seguidor de Rand que adotou uma interpretação mais flexível do Objetivismo. Nesse site se acha textos bem interessantes, como essa comparação entre liberalismo e objetivismo, e vários editoriais sobre diversos tópicos.

Pelo que lí até agora, não diria que me identifico totalmente com a filosofia, mesmo a versão mainstream de Kelly. Acredito em vários conceitos Objetivistas: o de que existe um lugar para o governo mínimo (mesmo com todos os perigos derivados do monopólio da violência), a existência de valores universais, e de que coletivistas vivem da exploração da vida dos outros. Porém, acho que nem tudo pode ser derivado do racionalismo, nem todo defensor do coletivismo é igualmente culpado ou deve ser desprezado, e mesmo o conceito de egoísmo tem seus limites.

Tenho que admitir entretanto que não sou um entusiasta de Filosofias no geral. Principalmente na área de epistemologia. Reconheço a importância do assunto, mas simplesmente não me atrai. Acho que essa busca por uma receita de bolo que explique todo e qualquer pensamento e suas origens cai sempre nume generalização fútil.

Consequentemente, não vejo problema algum de concordar com partes do Objetivismo e discordar de outras. Assim como faço com o Liberalismo, Conservadorismo, etc. Lendo a história da Ayn Rand, fico com a impressão de que inicialmente ela também não queria entrar nessa, mas acabou sendo puxada pelo próprio sucesso dos livros. Uma triste ironia, me lembrou o Gail Wynand.

Independente de tudo isso, continuo com minha opinião de que The Fountainhead é um ótimo livro. Uma bela história de liberdade e individualismo. Planejo ler Atlas Shrugged e os outros dois romances.

Mas não vou vestir a camisa e sair por ai dizendo que descobri o sentido da vida. Sorry Ayn.

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