Segunda, 28 de fevereiro, 2005
Quando menos vale mais
O que Estônia, Lituânia, Látvia, Rússia, Sérvia, Ucrânia, Eslováquia, Romênia, Geórgia e Hong Kong tem em comum?
Todos aderiram ao flat tax, ou sistema de alíquota única. Hong Kong já usa o sistema há mais de 45 anos com sucesso. E agora as ex-repúblicas soviéticas, que tinham muitos problemas com coleta de impostos, estão descobrindo que muitas vezes menos vale mais. A Rússia por exemplo, aumentou sua arrecadação em 150%. Até a China discute aderir a um sistema como esse.
É fácil de entender porque países ricos como os EUA e o Oeste europeu tenham problemas para implementar esse tipo de mudança. Lógico que eles iriam se beneficiar de qualquer forma (estima-se que 10% da economia americana seja 'informal') mas quando o problema não é grande o suficiente, o status quo sempre vence.
O que eu não entendo é porque uma solução dessas não é nem discutida no Brasil. Os serviços públicos são um desastre, arrecadação é pequena, economia informal enorme.
O único motivo para se manter o sistema atual num país como Brasil é ideologia. Como lembra o editorial do Opinion Journal, Karl Marx clamou no seu "Manifesto" pelo fim da alíquota única e introdução da "luta de classes" na cobrança de impostos através de um sistema altamente progressivo.
Quando será que teremos nossa Perestroika hein?
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