Sexta, 11 de fevereiro, 2005
O abismo chamado Coréia do Norte
Como dizia aquele maluco há alguns séculos atrás, "When you look into an abyss, the abyss also looks into you."
Quando se analisa o que existe de pior no mundo atual, não existe melhor representante do que a Coréia do Norte. E olha que a concorrência não é pouca.
Como é que temos esse mendigo super-poderoso ainda no poder?
A verdade é que o mundo ajuda e muito na existência dessa abominação. A ONU e seu appeasement ad infinitum é uma amiga do peito. China e Rússia são os dois heavyweight players que sempre vetam qualquer resolução mais dura. A mamãe China especialmente, é uma influência terrível. Faz teatrinho para os EUA, mas por trás das cortinas mandam fugitivos de volta para serem executados. Estima-se que mais de 300 mil tenham fugido para a China e vivem ilegalmente por lá.
O ocidente tem todos os motivos do mundo para se preocupar com Kim Jung Il. A venda de armas convencionais para países como Síria e Irã não é novidade. Assumir que as armas nucleares entrariam eventualmente no jogo é mais do que óbvio.
Apesar de tudo isso, uma guerra seria desastrosa. A Coréia do Norte é proporcionalmente o país mais militarizado do mundo, com 1.14 milhão de tropas ativas e 7.45(!) milhões de tropas na reserva. Fugitivos contam como a propaganda interna é brutal. A fome (atualmente a quota de comida é de 250 gramas por dia, metade do que é considerado o mínimo para sobrevivência) é uma arma poderosa.
Acho que seria um erro os EUA aceitarem a chantagem para voltar as negociações individuais. Os únicos países capazes de mudar algo são os da região. Sem uma pressão de verdade da China e Coréia do Sul (que continua a mandar ajuda) nada será resolvido. A tática "a la Nixon" já foi usada por Clinton, e só piorou a situação.
Qualquer outro erro pode ser fatal.
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