Segunda, 7 de fevereiro, 2005
Os opostos se atraem?
O Rafael, do ótimo Yabbai, fez essa brincadeira com uma música de carnaval, e por algum motivo, me fez pensar sobre as similiaridades entre dois grupos aparentemente opostos: foliões e radicais islâmicos.
Vejam só:
- As mulheres recebem tratamento diferenciado e exagerado. Os radicais islâmicos acham o corpo das mulheres tão importante que proibem a exibição de qualquer parte do mesmo. No carnaval o corpo é o que mais importa, e a nudez feminina é o maior objetivo.
- Os dois grupos adoram grandes concentrações populares. Os islâmicos tendem a construir templos enormes, e adoram uma peregrinação em grupo. Da mesma forma, o carnaval migrou dos bailes de salão para as ruas, e atualmente produz enormes manifestações. Os sambódromos são as cidades sagradas brasileiras.
- O carnaval lembra muito a definição de "céu" prometido pelo islamismo. A origem do carnaval aliás, foi a de um "céu na terra". Eram as festividades em que os católicos podiam consumir carne ("carnelevarium") antes da Quaresma.
- Apesar de presentes em diversos países, os dois "fenômenos" se tornaram dominantes somente em certas regiões. O islamismo se fincou nos desertos do Oriente e nas partes mais pobres da Ásia. O carnaval virou sinônimo de Brasil.
E por último, não seja doido de falar mal de nenhum dos dois grupos. Brasileiro que não gosta de carnaval é como um católico em Bagdá. Como já dizia o Aiatolá Dorival Caymmi: Quem não gosta de samba, bom sujeito não é! É ruim da cabeça ou doente do pé!
No comments:
Post a Comment