Quarta, 25 de maio, 2005
Tragicomédia
Clóvis Rossi, na Folha de SP de hoje:
"O próprio Aldo estaria no Febeapá com a sua alusão ao golpismo. O ministro sabe que, em 1954, havia golpismo porque direita e esquerda disputavam o poder. Hoje, deveria saber que não há disputa entre esquerda e direita porque não há mais esquerda, a não ser residual, e até um comunista como Aldo está no poder, ajudando o governo mais conservador desde a redemocratização do país."
Como diria Russell, "Sanity calms, but madness is more interesting."
5 comments:
Da mesma forma, pode-se dizer que não há ambiente para o golpismo (ou intervencionismo) dos setores militares, como era mais comum nos anos 60 e 70 na América do Sul. É necessário dois lados radicais para que a loucura se alimente. Me lembra tb a expressão "duas faces da mesma moeda".
Freak!
E, convenhamos, quem aposta num tiro no peito? Só se for em peito de peru bêbado, como diria o nada saudoso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Fala-se em "golpismo" pq o governo sabe que uma CPI dos Correios bem conduzida derruba o Lula.
Por outro lado, a forma mais tranquila de FHC voltar é o governo Lula acabar em impeachment ou renúncia.
Porque na disputa pela releeição, mesmo com toda a incompetência e com todo o desgaste, Lula, com a máquina do Estado na mão, é osso duro.
O que exigiria um oponente menos desgastado que FHC. Aécio, talvez.
Uma CPI bacana seria a CPI do Delúbio Soares. Esta sim iria feder.
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