CAFTA
O CAFTA (Central American Free Trade Agreement) foi aprovado ontem pelo congresso americano pela menor margem de votos possível: 217-215. Mês passado, o Senado tinha aprovado a medida também por uma diferença apertada: 54-45.
Dos 217 representantes que votaram sim, 202 são Republicanos e 15 Democratas. Dos 215 que votaram não, 187 são Democratas e 27 Republicanos (mais um independente). Vale lembrar que na votação do NAFTA, mais de 100 Democratas foram à favor, o que mostra como a rivalidade política domina os debates atuais em Washington.
Aumentaram o coro contra o tratado a insane left, os protecionistas e os sindicatos. Aliás, acho que os sindicatos dos países desenvolvidos são os maiores inimigos externos do terceiro mundo, ganhando de longe do lobby dos fazendeiros.
Tudo isso depois de um período aonde vários tratados como esse foram assinados (NAFTA, Austrália, Chile, Cingapura e outros) e a economia americana cresceu forte (entre 1993 e 2003 crescimento de 38% e quase 18 milhões de empregos criados).
Fica fácil entender porque as negociacões na WTO são tão difíceis. Mas, pelo menos agora existe uma chance.
7 comments:
Paulo, nada a ver com o assunto, mas você tem algum feedback aí sobre o tal programa "No child left behind" (parece coisa do Michael Jackson)? Li um artigo que falava sobre os excelentes resultados obtidos principalmente entre os negros na faixa dos 9 anos. Mas como só vi um artigo, não dá para formar uma idéia concreta.
Claudio,
Ouvi sobre isso ontem no radio (basicamente isso que vc falou sobre boas melhoras nos resultados), depois vou dar uma procurada...
O artigo que você leu é um do Thomas Sowell, Cláudio?
Não era não, Jorge. Eu catei o link mas não achei.
Achei! Tá aqui:
http://www.economist.com/world/na/displayStory.cfm?story_id=4198655
Nitpicking: o CAFTA é um acordo, não um tratado. E a diferença é importante porque foi o que permitiu que ele fosse aprovado. Se fosse um tratado, teria sido necessário maioria de 2/3.
E, hm, acho que os fazendeiros são piores.
Paulo,
A WTO não passa de um circo, uma gigante assembléia onde nada se decide, tudo se emperra. Livre-comércio não se faz assim.
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